Fala, pessoal!
Beleza?
Como havia compartilhado com vocês no último post, eu preparei, então, uma grande campanha para Numenera e pretendo narrá-la para meu grupo.
O intuito é ter, pelo menos, uma sessão por semana. Contudo, mesmo jogando por Skype, podemos ter problemas por algum tempo, já que todos os meus jogadores estão entrando na faculdade agora. Dois vão mudar de cidade. Logo, teremos que esperar para ver se tudo vai rolar.
Nossa sessão inicial durou cerca de três horas e foi uma das primeiras experiências deles com RPG. Acredito que a curiosidade deles de irem explorar para ver o jogo se desenvolver ajuda muito.
No geral, tudo foi muito divertido.
Vamos, então, ao relato.
Como jogadores, nós temos:
Alef, um Learned Nano who Commands Mental Powers.
Elle, uma Swift Glaive who Crafts Unique Objects.
Astério, um Charming Glaive who hows at the moon.
Nosso singelo grupo já trabalha junto há algum tempo e, nesta ocasião, eles se encontravam em Qi, onde procuravam serviços para se sustentarem.
Nesse período, então, foram convocados por Assom, dono de uma companhia artística. Ele era responsável pelo festival que aconteceria naquela cidade em sete meses.
O que ele precisava do grupo?
Ele começa explicando o problema: ele tem uma grande máquina, fundamental para o festival. Contudo, está faltando uma peça. Para ser mais preciso, o décimo quinto selo de um dos mecanismos da máquina.
O grupo tenta saber mais sobre o que é tudo aquilo, como ele conseguiu aquela máquina, o que ela faz. Entretanto, Assom não se mostrou aberto a explicar a sua grande atração.
O que ele precisava é que o grupo fosse até a uma cidade em cima de uma ponte que fica perto de Dynafel. Lá, vive um velho, mestre de magias antigas que conseguem dar vida a rochas. De acordo com o que Assom ouviu, esse homem poderia fabricar o selo para ele. Tudo que ele precisava era que o grupo fosse até lá e voltasse o mais rápido possível.
A negociação começou simples. O dono da companhia ofereceu uma quantidade absurda de Shins para que eles fossem e mais recompensas, dependendo do quão rápido eles forem. O que ele não esperava era que o grupo decidiria que precisavam de um auxílio viagem. Um dinheiro a mais para pode pagar as despesas desses meses de viagem.
Depois de negociarem, os aventureiros saem com 100 shins para as despesas da viagem.
O grupo se reúne para pensar em como ir até essa cidade. Deveriam conseguir algum meio de transporte? Os dirigíveis dali, como se sabe, não conseguem sair de Qi. Logo, teriam que procurar outra coisa.
Foi então que ouviram falar de um cara, que mora mais na periferia, que cria uns animais quadrúpedes com uma coloração rosa e pescoço meio longo. Ele era o criador mais famoso de Narcejas, um dos meios de transporte mais baratos, caso você consiga ficar em cima de uma delas.
Brit era o nome do vendedor.
Após lidar com algumas piadinhas dos aventureiros e oferecer outros serviços não tão convencionais assim, tudo foi acertado: três narcejas, sendo que uma mancava.
Quando estavam indo embora, Brit deu as seguintes sugestões: existia duas maneiras de se chegar até aonde queriam ir. Qualquer outro caminho, você não chegaria lá. Morreria antes, no mínimo.
O mais longo, passava por uma pequena vida, conhecida por uma enorme redoma estelar que fica perto dela. Levaria mais dias, porém, era um caminho mais calmo.
Enquanto o outro caminho, mais curto, óbvio, passava por uma pequena floresta ali perto. Depois de atravessá-la por completo, já se estaria praticamente na cidade em cima de uma ponte. O problema é que este caminho não tinha uma trilha, o que deixava tudo um pouco mais perigoso.
Ávidos por uma aventura, o grupo decidiu ir pelo caminho mais curto.
Saíram da cidade e, depois de um tempo caminhando, ouvem um grito de socorro. Um grito cansado e que pedia ajuda sem nem mais acreditar que seria possível. Contudo, eles não tinham muito o que fazer, pois a mulher que gritara estava distante deles e corria na direção oposta a deles.
Ela fugia de uma nuvem prata que se movia rapidamente. Muitos nomes são dados à essa nuvem, porém, eles a conheciam como Chuva de Prata e ela era mortal.
Sem ter o que fazer, eles só olharam enquanto a mulher perdia as forças, caía e suas pernas começavam a se desfiar (exatamente), transformando-se em pequenos fios, seu corpo ser triturado e cair como pequenos pedaços de plástico e seu último suspiro morrer numa fumaça.
Sabendo do perigo daquela nuvem, o grupo resolveu correr para tentar alcançar logo a floresta que já não estava tão longe.
Entretanto, por algum motivo, Elle resolveu que queria escalar uma das árvores.
Alef conseguiu identificar qual árvore era, uma vez que era toda roxa e ficava se enrolando para baixo. Porém, isso não ajudou com que Elle se mantivesse lá em cima e ela acabou caindo bem em cima de Astério.
Como um estalo em suas mentes, a noção do perigo que corriam voltou às suas mentes e eles entraram na floresta.
Depois de percorrer o caminho, eles se deparam com um corpo cilíndrico e gelado no chão. Imóvel, ele se estendia até um caixote maior do que eles.
A curiosidade de Alef o levou a vascular dentro do caixote que, na frente, apresentava uma abertura e, no chão, podia-se ouvir os pés do nano quebrando algo parecido com vidro.
A caixa era fria e a vegetação já havia tomado conta. O que ele não esperava ao olhar dentro de lá era descobrir algo nunca visto: a vegetação não havia entrado no caixote, mas saía dele!
Começando a se afastar, um pequeno barulho chama sua atenção. Voltando os olhos para as folhas em meio à escuridão do interior da caixa, ele percebe um animal de corpo alongado, de no máximo 15 centímetros. Depois, outro aparece, logo ao lado. Seus corpos eram pequenos e iam afinando.
Chegando mais perto, ele viu que não se tratavam de animais do Nono Mundo, mas de pequenas pinças em um rosto redondo, grande, com seis olhos que o encaravam e ameaçavam.
Em conjunto com o afastar do nano, a criatura começava a sair da caixa e aquele cilindro no chão começava a se mover. Nada mais era do que o corpo da criatura.
Estendendo-se para o alto, a criatura alcança uns seis metros de altura. Com pequenas pinças na cabeça e milhares de pequenas pernas por todo o corpo, ela se preparava para atacar.
O grupo de juntou e se aproximaram de uma árvore. Perceberam que a criatura olhava a árvore, cuja coloração era totalmente diferente, um amarelado escuro, toda vez antes de tentar atacar.
Rápidos, eles bateram na árvore para tentar recolher seiva e poder afastar o monstro.
O que não esperavam era que a seiva iria correr para cima, como se as leis da física já não funcionassem mais.
Depois disso, eles atacaram: Elle atirava flechas de cima da árvore, Astério atacava com suas garras e o Alef (eu havia esquecido) conseguiu usar seus "poderes" de nano e empurrar a criatura, deixando-a atordoada para que seus companheiros atacassem.
Durante uns vinte minutos, o grupo lutou bravamente contra a criatura que terminou com seu crânio destruído por um pequeno machado.
Quando Elle fora recuperar seu machado, ela tem uma surpresa: o corpo da criatura começa a se desmanchar em pequenas criaturazinhas e uma delas pula em seu corpo e a pica.
De imediato, ela fica zonza e fraca, impossibilitada de fugir junto com seus companheiros. Os outros dois, então, resolvem carregá-la para longe.
Ao encontrar uma clareira que parece segura (e parar de ouvir aquele barulho horroroso feito pelas criaturas), eles tentam encontrar alguma planta que ajudaria sua amiga.
Enquanto descansa e masca as plantas encontradas por Alef, Elle fica com seus companheiros olhando ao redor. Como não haviam visto antes?
Bem no meio da clareira, estava uma estrutura gigantesca. Duas grandes chapas na vertical chegavam a uns 30 metros de altura e, quase no tempo, entre as duas chapas, encontrava-se um globo.
O que seria aquilo? Como nunca ouviram falar?
A glaive se recuperou e o grupo foi dar uma olhada na estrutura.
Novamente, sem algum motivo óbvio, Elle faz uma coisa inesperada: ela lambe as paredes frias das chapas gigantes. Mais inexplicável ainda foi o fato de que, após esse movimento inesperado, uma porta se abriu!
O grupo resolve entrar e tentar descobrir o que é tudo aquilo. Afinal, eles têm bastante tempo para ir buscar o Selo!
Paramos nessa parte em nossa sessão!
O que será que eles vão encontrar por lá?
Foi super divertido poder começar minha campanha com a galera.
Por mais que, para alguns, soe como se não tivessem ido muito longe na história, eles realmente viveram os personagens, lidando com o mundo e a cidade de QI como se realmente estivessem lá!
Agora é esperar para ver o que irá acontecer lol